2024-03-04
O "Aeros", um nanossatélite de 4,5 quilos, seguirá a bordo de um foguetão Falcon 9, que descolará da base da empresa SpaceX de Vandenberg. É o segundo satélite português a ser lançado para o espaço para observar oceanos.
O segundo satélite português vai ser lançado para o espaço na segunda-feira, a partir dos Estados Unidos, para observar os oceanos durante três anos.
O "Aeros", um nanossatélite de 4,5 quilos, seguirá a bordo de um foguetão Falcon 9, que descolará da base da empresa SpaceX de Vandenberg às 21:18 (hora de Lisboa), de acordo com a Thales Edisoft Portugal, líder do consórcio nacional que projetou, construiu e operará o engenho, e que agrega várias empresas e instituições académicas.
O nanossatélite, que é lançado 30 anos depois do "PoSat-1", o primeiro satélite português, ficará na órbita da Terra a 510 quilómetros de altitude, ligeiramente acima da Estação Espacial Internacional, a "casa" e laboratório dos astronautas.
As comunicações e a recolha de dados e imagens serão feitas a partir do teleporto de Santa Maria, nos Açores, mantido pela Thales Edisoft Portugal.
O centro de engenharia CEiiA, em Matosinhos, um dos parceiros no consórcio e que construiu o nanossatélite, irá processar os dados e as imagens para efeitos de estudos científicos.
As universidades do Algarve, Porto e Minho, o Instituto Superior Técnico e o Imar - Instituto do Mar, entre outros, dão o suporte científico à missão, à qual se associou também o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla inglesa), nos Estados Unidos, através do programa de cooperação MIT-Portugal.
O "Aeros", que começou a ser trabalhado em 2020, representa um investimento de 2,78 milhões de euros, cofinanciado em 1,88 milhões de euros pelo Feder - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Trata-se do segundo satélite português depois do "PoSat-1", um microssatélite de 50 quilos que foi lançado em setembro de 1993, mas já desativado.
O lançamento do "Aeros" poderá ser acompanhado na segunda-feira em Portugal, num evento no CEiiA, em Matosinhos.
Fonte: Expresso